Protesto

Médicos anunciam paralisação nos atendimentos ao IPE

Ato deve ocorrer na próxima semana, por três dias, em protesto à falta de reajustes nos repasses

Foto: Divulgação - Simers - Mesmo medicamento pode ter preços variados conforme a farmácia

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) anunciou, após assembleia, que os médicos prestadores de atendimento pelo IPE Saúde irão parar os atendimentos nos dias 10, 11 e 12 (de segunda a quarta da próxima semana). Consultas e procedimentos eletivos devem ser afetados com a medida, que ocorre após a não apresentação de uma proposta de reajuste nos repasses por parte do governo do Estado. Atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. A entidade tinha estabelecido um prazo para que isso ocorresse até o final de março, o que não foi cumprido.

Em nota, o Simers diz que “um projeto ficou de ser discutido com entidades médicas, a fim de ser encaminhado para a Assembleia Legislativa”, o que não ocorreu. A Casa Civil acenou com uma possibilidade de reunião para a segunda semana de abril – possivelmente dia 12 –, mas há pressa, segundo a fala do presidente do Simers, Marcos Rovinski. “Os médicos estão preocupados com a situação e querem negociar, mas é preciso que o governo mostre algum movimento de que será feita uma proposta de reajuste dos honorários médicos e hospitalares, sem reajuste há 12 anos”, ressaltou em nota.

O IPE Saúde, via assessoria, diz que vem atuando em medidas visando à valorização do profissional médico. O Instituto garante estar trabalhando, junto ao governo do Estado, “em um amplo projeto de reestruturação, que será apresentado à sociedade, servidores e prestadores no mês de abril”. Atualmente o IPE presta serviços com 6.466 médicos, 244 hospitais, 660 laboratórios e 54 pronto socorros credenciados.

Em Pelotas são cerca de 280 médicos credenciados. O diretor local do Simers, Marcelo Sclowitz, diz que os valores praticados atualmente competem à tabela de 2008 da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “Os médicos estão desde 2011 sem reposição ou correção de valores de procedimentos e consultas.” Ele reclama que os repasses acabam sendo muito abaixo dos praticados no mercado. “São valores aviltantes, tais como R$ 18 para uma visita hospitalar, menos de R$ 300 para um parto (incluindo visitas hospitalares e todo o acompanhamento com a paciente), entre outras situações mais gravosas.”

O sindicato da categoria está disponibilizando aos médicos em seu site um termo para aqueles que queiram aderir à paralisação. O Simers também diz estar disponível para fazer o descredenciamento ou licenciamento de profissionais que queiram seguir por este caminho

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